A dermatite alérgica à picada de pulga (DAPP) é uma das doenças dermatológicas mais comuns em clínica de animais de companhia.
Consiste numa reação de hipersensibilidade (alergia) aos componentes da saliva da pulga, por isso os animais que apresentam esta hipersensibilidade não toleram a picada de nenhuma pulga!
Os sinais clínicos surgem de forma diferente no cão e no gato: os cães apresentam prurido intenso, que se manifesta sob a forma de morder, coçar e esfregar-se no chão; os gatos podem lamber-se em exagero ou arrancar os próprios pêlos. Afeta tanto cães como gatos, sendo que nos cães afeta mais usualmente a zona dorso lombar e base da cauda, mas também coxas, virilhas e abdómen. Nos gatos, as lesões localizam-se nas mesmas zonas e ainda na zona cervical (pescoço, orelhas e cabeça).
Esta patologia surge especialmente na Primavera e no Verão, no entanto pode ocorrer também nas outras épocas do ano. O diagnóstico baseia-se na presença de prurido intenso, na sazonalidade, na distribuição típica das lesões e na resposta ao controlo das pulgas.
A base do controlo de um animal com DAPP é evitar o contato com as pulgas, através do controlo estrito destas, tanto no ambiente como no próprio animal. Existem vários quadros de DAPP, sendo por vezes necessário antibiótico e anti-inflamatório com vista ao controlo das infecções secundárias. Por vezes, poderá ser necessário recorrer a fármacos antipruriginosos para melhorar o bem-estar do animal.